viva a faixa

VÍDEO: nos 18 anos do Diário, relembre a campanha que estimulou a consciência no trânsito

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Em abril de 2011, dois acidentes de trânsito chamaram a atenção em Santa Maria e mobilizaram a campanha de conscientização no trânsito

Registrar, contar, denunciar e, sobretudo, mobilizar foram ações que legitimaram a potência jornalística nesses 18 anos anos de trajetória do Diário. É por isso que uma das reportagens que resgatam nossa história e ilustram a série especial do nosso aniversário é a campanha "Viva a Faixa! - Com Respeito, a Vida é Mais Bonita".


Embora as motivações que antecederam a iniciativa não sejam felizes, os impactos no dia a dia e na vida das pessoas seguem reconhecidos até hoje. A campanha se concretizou um divisor de águas no que diz respeito à conscientização no trânsito.

A ORIGEM 
Em abril de 2011, dois acidentes de trânsito chamaram a atenção em Santa Maria. No primeiro, o padre Bernardino Trevisan morreu depois que um veículo o atropelou na Avenida Dores. O segundo caso tirou a fala e a locomoção de Luiza Helena Toledo de Moraes, então com 5 anos, que passou 125 dias hospitalizada após sofrer traumatismo cerebral ao ser colidida por um carro sobre uma faixa, na mesma via. Os casos motivaram a campanha de conscientização do Diário junto de outros veículos de comunicação local. 

- Essa campanha até hoje me desperta emoções quando lembro. Os acidentes da época causaram uma comoção social muito grande e a sociedade começou a cobrar uma forma de agir. Participamos ativamente para criar o projeto que após teve um retorno fantástico. Em Santa Maria, o sentimento de pertencimento da comunidade fez as pessoas colaborarem muito. Na época, tivemos uma redução no número de acidentes, o que infelizmente se perdeu anos depois - analisa o professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e doutor em Mobilidade Urbana Carlos Félix, que foi um dos coautores da campanha.

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A menina Luiza, desde 2013, vive com a família na cidade de Lagoa Vermelha. Ela tem 14 anos.

- Após todo o contexto da campanha, as pessoas passaram a prestar mais atenção. Houve conscientização de motoristas e pedestres. Posteriormente ao acidente, foram colocados semáforos onde ela sofreu o acidente. Infelizmente, as pessoas ainda erram, mas melhorou muito. Hoje, todos sabem que faixa não é só uma pintura no chão e que as leis de trânsito existem e devem ser cobradas pela infração - relata a mãe de Luiza, a educadora física Gabriela Toledo.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Gabriela Toledo - Arquivo pessoal
A menina Luiza, desde 2013, vive com a família na cidade de Lagoa Vermelha. Na foto, a mãe Gabriela e a irma Ana Carolina

REPERCUSSÃO
Para além da cidade, a mensagem do Viva a Faixa! extrapolou fronteiras.

- A campanha foi marcante, singular. Fizemos artigos levados a congressos nacionais e internacionais. Não só na região, mas em qualquer outra parte do Estado, os carros paravam na faixa quando verificavam que era placa de Santa Maria por causa da campanha. As pessoas realmente se sentiram participantes - acrescenta Félix.

Há quatro anos, Luiza foi à Tailândia depois que uma campanha arrecadou R$ 200 mil para o tratamento de células-tronco. Mais uma vez, a ação de 2011 foi relembrada, conforme conta Gabriela:

- Hoje, não resido mais em Santa Maria, mas como o médico da Luiza é da cidade, ainda vou. A campanha Viva a Faixa! nos amparou nessa tragédia das nossas vidas e aproveitou de forma positiva para conscientizar as pessoas, inclusive, quando estivemos na Tailândia. Agradecemos por estarem conosco nessa batalha, que é incansável e que vale a pena cada segundo de evolução da Luiza.

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